Segunda Guerra Mundial;
Bomba atômica;
Hiroshima;
Nagazaki;
São palavras marcantes, que nos fazem lembrar de um tempo marcado por tempos difíceis e de grandes perdas. Muitas vidas se perderam e enfrentamos consequências até os dias de hoje. No entanto “O Matemático” traz uma proposta de olharmos para esse evento com diferentes lentes.
Dirigido e roteirizado por Thor Klein conta a história da vida de um
matemático Polonês/Judeu. O filme inicia acompanhando enquanto Stan Ulam que leciona para seus alunos, quanto espera ansiosamente que sua família, que mora
em Lvov, possa sair á salvo enquanto
o exercito de Hitler invade a Polônia.
Nesse meio tempo ele recebe uma proposta, trabalhar
em algo que pode mudar a história e acabar com a guerra, ele e sua namorada se casam para que possam
se mudar, ao chegar lá ele se depara com pesquisadores que trabalham em bombas
para lutarem contra os inimigos, o Projeto Manhattan.
Então
nesse ponto do filme é mostrado uma nova visão de tudo que aconteceu, de um lado, o governo e alguns
pesquisadores que apoiam a criação da bomba
para colocar um fim na guerra, de outro a visão daqueles que entendem a tamanha responsabilidade e quanto isso
poderia ser prejudicial para toda a humanidade,
ter em suas mãos a possibilidade de tirar milhares de vidas ao mesmo tempo.
A história vai além e mostra Stan enfrentando uma inflamação no cérebro que acontece logo que ele recebe a notícia que sua irmã havia falecido nas mãos dos nazistas, essa enfermidade leva ele a precisar de um procedimento cirúrgico e após tem que enfrentar uma longa recuperação.
Durante essa difícil recuperação, Ulam sofre com a dificuldade de resolver equações que outrora eram simples para ele, porém, com o tempo ele consegue retornar ao seu trabalho e ajuda na produção da primeira bomba de hidrogênio, que levanta a mesma discussão: Será essa uma solução que beneficiaria a humanidade, ou seria outra coisa que os homens jamais deveriam ter inventado? Ele entra em uma difícil questão moral:
Fabricar a bomba antes dos russos e manter sua família “à salvo”, no entanto levando a sua invenção tirar vidas inocentes; Por outro lado, não fazer a bamba, deixando que a Rússia encontre uma possibilidade de fabrica-la e colocar a sua família em risco de uma guerra.
Uma
visão que até então não havia sido abordada em filmes sobre essa época tão sombria da humanidade, o filme ainda
colabora com referências datadas ao longo
de toda a história, que nos ajuda a encaixar toda a história de vida de Stanisław
Marcin Ulam e a história
mundial que conhecemos.
Para quem gosta de filmes históricos, “O Matematico” te leva a uma caminhada pela Segunda Guerra Mundial sob a lente de um protagonista peculiar, te fazendo refletir sobre cada decisão tomada para que a “paz” pudesse voltar aos países.
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