Baseado no romance de THORKILD BJØRNVIG
que retrata sua experiência na convivência de Karen Blixen, uma baronesa
dinamarquesa que ao voltar da áfrica, sem sua fazenda, o amor de sua vida e ao
contrair uma grave doença, se isola em sua mansão, até seu retorno aos
holofotes, ganhando amizades influentes e levando outros do anonimato ao
estrelato.
Foi aí que ela conhece Thorkild, um
jovem e iniciante escritor, ele, por outro lado, já conhecia a baronesa e sua
fama. No primeiro encontro ele recebe algumas críticas e uma grande sugestão,
que ele seja o responsável pela escrita de sua biografia, que deixa ele
lisonjeado porem também preocupado com que isso poderia significar caso não
correspondesse com o esperado.
Bom, sem me prolongar ou acabar
contando todo o filme, o PACTO entre os protagonistas acaba sendo firmado,
nesse pacto é acordado uma relação de profunda confiança em reciprocidade. Tal
confiança acaba sendo moldada ao bel-prazer da Baronesa que começa a interferir
na vida do jovem escritor em todos os âmbitos, até mesmo em sua vida conjugal.
Entre uma e outra conversa, ela tenta
convencer que sua esposa não está à altura do que ele pode chegar e a vê como
um impedimento do crescimento, com isso chega a sugerir uma relação extra
conjugal, o que acaba acontecendo por um instante mais adiante.
Todo esse envolvimento deixa a esposa
desconfortável desde o início, mas como ela deseja ver seu esposo realizando
seu sonho, ela o apoia, no entanto, tenta alertar ele do que está acontecendo e
que ele sem perceber se envolve em uma grande cilada.
Por fim, Thorkild acaba percebendo onde
sua vida se encaminha, quais valores e relacionamentos ele está colocando em xeque
para seguir com o Pacto e decide romper esse laço com a Baronesa. Essa no que
lhe concerne não gosta nenhum pouco, mas acaba ouvindo algumas verdades e fica
sem reação ao ver que aquele jovem que era outrora indeciso que queria, agora
estava firme em sua decisão.
Pois, é querido leitor, esse filme traz
algumas reflexões muito importantes: até onde vamos para realizar nossos
sonhos? E o que estamos dispostos a abdicar para agradar alguém? Quantos
relacionamentos tóxicos (e não apenas os românticos) nós aturamos com falsas
esperanças de que precisamos disso para ser completos e felizes?
Por outro lado, como deixamos que as
nossas tristezas e decepções podem nos deixar amargos e descrentes nos
verdadeiros relacionamentos e em um amor real e duradouro. No fim vemos que a
Baronesa não é uma vilã ou um monstro, é um ser humano que está passando por
uma dor física e emocional tão grande que deixou ela cética e amarga sem
acreditar nos relacionamentos humanos.
Para quem gosta de um bom drama você
vai curtir muito O Pacto que chega 07/04 nos cinemas brasileiros. Confira e
depois venha deixar sua opinião e comentário.
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